sábado, 2 de abril de 2011

Meu egoísmo.

O egoísmo é um sentimento tão engraçado,
Ele está tão presente em tantas de minhas atitudes e eu nem percebo,
Está comigo toda vez que eu me culpo por algo que está fora do meu controle,
Está comigo toda vez que cobro e me decepciono com alguém,
Está comigo toda vez que acho que não aguentarei mais.
Tem coisas que só ao destino pertence,
Tem coisas que só o livre arbítrio do outro pode fazer.
Tem horas que eu preciso olhar para o lado para ver que existem problemas maiores que o meu.
Sou egoísta sim, da pior espécie...
Daqueles que carrega o mundo nas costas,
Daqueles que se sente responsável por tudo e por todos
Daqueles que se cobra a perfeição, mesmo sabendo que nunca a alcançarei.
Meu egoísmo...
Já me deu muitas cicatrizes,
Já me deu um coração aos pedaços,
Hoje eu entendo que que muitas das marcas que carrego comigo, se trata apenas de meu egoísmo.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Quase no fim.

Está quase tudo no final, e nada melhor que rever algumas amigas, lembrar de tudo aquilo que já se foi e contar sobre o novo.
Uma garrafa de tequila.
Três garrafas de cerveja.
Um maço de cigarros.
Foram muitas risadas, histórias a serem ouvidas e lembranças para saborear.
Saindo daquele lugar que não fazia muito o estilo de lugar que iria, mais que naquele momento se tornou algo muito especial, acabei indo a casa de uma velha amiga.
Véspera de natal, o dia as esperanças e a fé são lembradas.
Eu simplemente não tinha nada.
Nem fé, muito menos esperança.
Ver a família de outra pessoa unida e sendo tudo aquilo que planejei pra minha...
Tudo se torna lagrimas.

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Seria o primeiro natal de muitos sem ela, as lagrimas caiam sobre meu rosto sem ao menos eu me dar conta.
Cada coisa sobre a mesa ou até mesmo o toque do telefone me faziam ter esperança de que a qualquer momento ela apareceria por aquela porta, com seu sorriso de mãe e um abraço para me dar.
A distancia à havia me roubado,a vida havia à machucado e nós dois estávamos um de cada lado do muro de Berlim.
Lembro-me dos grandes sorrisos de criança inocente que dava ao seu lado, dos dias que rolava na areia em frente ao seu olhar e estar aconchegado em seu colo quando minhas velhas dores nas pernas chegavam.
Lembro-me de tardes deitado em um colchão ao meio da sala assistindo TV, ela sempre me abraçando e ele sempre com seu óculos ao rosto e seus simples jogos de Loto a mão.
Lembro-me que a casa nunca estava vazia, sempre havia muita gente entrando e saindo, sempre havia algo a se fazer.
Com ela aprendi a ser humano, aprendi a dividir, aprendi a compreender, até mesmo a amar e respeitar o jeito de amar do outro.
Com ela conheci o estranho, o insano e os meus enganos.
O natal esse ano não teve mais o mesmo encanto.