sábado, 1 de janeiro de 2011

Quase no fim.

Está quase tudo no final, e nada melhor que rever algumas amigas, lembrar de tudo aquilo que já se foi e contar sobre o novo.
Uma garrafa de tequila.
Três garrafas de cerveja.
Um maço de cigarros.
Foram muitas risadas, histórias a serem ouvidas e lembranças para saborear.
Saindo daquele lugar que não fazia muito o estilo de lugar que iria, mais que naquele momento se tornou algo muito especial, acabei indo a casa de uma velha amiga.
Véspera de natal, o dia as esperanças e a fé são lembradas.
Eu simplemente não tinha nada.
Nem fé, muito menos esperança.
Ver a família de outra pessoa unida e sendo tudo aquilo que planejei pra minha...
Tudo se torna lagrimas.

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Seria o primeiro natal de muitos sem ela, as lagrimas caiam sobre meu rosto sem ao menos eu me dar conta.
Cada coisa sobre a mesa ou até mesmo o toque do telefone me faziam ter esperança de que a qualquer momento ela apareceria por aquela porta, com seu sorriso de mãe e um abraço para me dar.
A distancia à havia me roubado,a vida havia à machucado e nós dois estávamos um de cada lado do muro de Berlim.
Lembro-me dos grandes sorrisos de criança inocente que dava ao seu lado, dos dias que rolava na areia em frente ao seu olhar e estar aconchegado em seu colo quando minhas velhas dores nas pernas chegavam.
Lembro-me de tardes deitado em um colchão ao meio da sala assistindo TV, ela sempre me abraçando e ele sempre com seu óculos ao rosto e seus simples jogos de Loto a mão.
Lembro-me que a casa nunca estava vazia, sempre havia muita gente entrando e saindo, sempre havia algo a se fazer.
Com ela aprendi a ser humano, aprendi a dividir, aprendi a compreender, até mesmo a amar e respeitar o jeito de amar do outro.
Com ela conheci o estranho, o insano e os meus enganos.
O natal esse ano não teve mais o mesmo encanto.