quinta-feira, 24 de junho de 2010

Resumindo...

Depois de:
uma garrafa de jurupinga,
três copos de cerveja,
dois copos de energético,
meia garrafa de pinga,
quatro maços de cigarro,
Cair na rua aquele dia foi o menor dos meus problemas...
Me perder...
Me machucar...
E mais uma vez manchar toda minha casa de sangue.

Eu perdi o rumo do que seria certo ou errado e meus limites pareceram muito mais distantes do que são de verdade.
Eu me envergonhei.
Ao meio de tanta gente, nem ao menos ali o sentimento de solidão se esvaiu.
Solidão que me machucou, e me fez me machucar de novo.
A verdade é que ao ir pra lá, tentava esconder algo que não depende de nenhuma das 5 milhões de pessoas daquela passeata e sim de mim.

Ouvi algo de um amiga que me faz parar para pensar...
EU ME FAÇO DE FORTE.
É a mais pura verdade...
Eu finjo estar bem,
Eu finjo sorrisos,
Eu me machuco,
Invento histórias pra me consolar.
Tenho medo do mundo real.
Tenho medo de mim mesmo...
Minha solidão existe por que nem o meu reflexo ao aceito ao meu lado.

Quando chegeui em casa, todas as luzes apagadas,
me pai em sua cama e minha irmã sempre a me levar pro chuveiro.
Fechei a porta, deixei a água passar pelos cortes e roxos que ganhei naquela noite.
Briguei com Deus de novo e dessa vez, não foi pedindo pra ele me levar logo, ou perguntando a ele o por quê de tudo isso...
Foi pedindo ajuda.
Pela primeira vez, não coloquei a culpa em nimguem, e não julguei Deus por ter me colocado tantas dificuldades.
Só perdi perdão e o meu caminho de volta.

Deitei, sendo só eu e minhas lagrimas...
Com fé de que o sol me levaria naquela outra manhã pra um dia melhor.