terça-feira, 17 de agosto de 2010

As vezes tenho vontade de fugir.

Há alguns dias atraz, me bateu o mesmo sentimento que aperta meu coração hoje.
Solidão.
Em meio ao metrô, a mesma estação em que vi minha vida ser protegida por uma senhora estranha, aquele dia era apenas o caminho para o unico lugar que me sinto seguro.
Ao subir da estação de metrô o relógio do conjunto nacional marcava apenas 10°C, garuava e a Av. Paulista nunca esteve mais bonita ao meu ver...
Havia pessoas andando as pressas como sempre...
Pessoas de diversos lugares...
De diversos estilos...
Ali eu estava seguro.
Com o meu starbuks e cigarros fiquei ali durante horas, só olhando o movimento.
Alguns conversando, outros namorando...
Alguns perdidos e outros que sabiam muito bem aonde iriam.
E eu simplesmente parado, só observando...
Ser um anônimo no meio de toda aquela multidão me fez me sentir bem.
Me fez me sentir feliz durante alguns instantes.
Não precisava mais do meu velho amigo álcool e nem tentar me atirar do metrô.
Não precisa ir para baladas me perder por entre as pessoas e a musica.
Só a visão daquele lugar já me acalmava.

Se pudesse fugiria pra lá agora...
Preciso daquela felicidade de volta.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Foi o final de um começo...

Sentado a horas na mesma estação de metrô durante um período que parecia uma eternidade...
Eu via minha vida passar diante dos meus olhos, todos os sorrisos, gargalhadas e olhares sinceros que já recebi, sem esquecer todas as lágrimas e em todos os pedaços em que meu coração foi partido durante todo esse tempo.
Tentava criar coragem de levantar daquela cadeira e simplesmente ne atirar na frente daquele trem...
Eu me levantei.
Fechei os olhos.
Comecei a andar.
Ao ir em direção ao meu destino, algo me para...
Só deu pra sentir a brisa sobre meu corpo e meu rosto arranhando na lataria da composição do metro.
Suas mãos enrruagas e seus olhos sinceros e sofridos se encontraram com os meus...
Uma única frase: "Não faça isso, tem alguém por ai que te ama."
Abaxei a cabeça.
Quando levantei a cabeça para agradecer aquela senhora, não tinha mais nimguem ao meu lado...
Me fiz em lágrimas e retornei ao meu lar.
Meu forte, onde a peça ensaiada a tantos anos ainda é apresentada a cada instante de minha vida lá.
Mais nesta noite, seu ator principal era simplesmente uma criança machucada, sentada no canto da construção com o telefone e cigarros a mão.
Escondido no escuro, tentando entender o por que que a vida não permitiu a minha morte.